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A Nike parou o seu desinvestimento no futebol

  • Fim do desinvestimento: A Nike interrompeu a estratégia de desinvestimento no futebol iniciada em 2023, revertendo a tendência de perda de contratos importantes.
  • Renovações de contratos: A Nike garantiu a renovação de contratos de longo prazo com grandes potências do futebol, como França, Brasil, FC Barcelona e Paris Saint-Germain.
  • Nova estratégia: A mudança de estratégia da Nike, impulsionada pelo novo CEO, visa um investimento estratégico no futebol de elite e a estabilidade a longo prazo, em resposta à concorrência da Adidas e da Puma.

Lembras-te do final de 2023? A narrativa predominante em torno da Nike e do futebol era a de um recuo estratégico. As evidências acumulavam-se: negócios de camisas reserva de alto nível, como Portugal, Galatasaray e RB Leipzig, passaram para a Puma, numerosos patrocínios de jogadores não foram renovados e, crucialmente, a Nike perdeu contratos de bolas de prestígio para as competições da CONMEBOL e da Premier League (a partir de 2025-26).

O Footy Headlines cobriu extensivamente esta tendência, salientando a mudança declarada da Nike para o futebol feminino e outros desportos desde 2019. Parecia genuinamente que a Nike estava a reduzir o seu portfólio de futebol masculino, deixando muitas parcerias caducar. Muitos se perguntaram se a Nike estaria a perder o apetite pelo futebol masculino.

A Nike está de volta: A onda de prorrogações de contratos de elite sinaliza um novo foco no futebol após receios de "desinvestimento

No entanto, a paisagem em 2025 conta uma história decididamente diferente. Embora as observações em 2023 fossem exactas no que diz respeito aos contratos perdidos, uma onda subsequente de renovações importantes e de longo prazo com alguns dos maiores nomes do futebol sugere que o compromisso da Nike com o nível de elite está de volta.

A prova: Fecha os Giants

Considera esta vaga de extensões significativas garantidas pela Nike, em grande parte anunciadas entre o final de 2024 e o início de 2025:

  • França (FFF): Prolongou a sua parceria até 2034(anunciada a 30 de abril de 2024). Uma declaração importante, especialmente tendo em conta os fortes rumores de interesse dos concorrentes. Este acordo abrange todas as equipas nacionais francesas.
  • Brasil (CBF): Uma extensão maciça que prende o Brasil às camisas da Nike até 2038(anunciada em 7 de dezembro de 2024). Acrescenta 12 anos ao acordo anterior e, segundo consta, inclui melhores condições para a federação.
  • FC Barcelona: Assegurou uma renovação a longo prazo que, segundo consta, vai até 2038(anunciada a 9 de novembro de 2024). Reafirma-se assim uma das mais emblemáticas parcerias entre clubes no futebol, com um valor potencialmente astronómico.
  • Holanda (KNVB): Prolongou discretamente o seu acordo de longa data até 2030(confirmado a 19 de novembro de 2024), assegurando que a Laranja Mecânica permanece com o Swoosh para além da marca dos 30 anos de parceria.
  • Atlético de Madrid: Renovou o seu acordo de camisa até 2035(confirmado a 10 de abril de 2025), assegurando mais uma potência da La Liga a longo prazo.
  • Paris Saint-Germain: A lucrativa parceria com a Jordan Brand foi prolongada até, pelo menos, 2027(confirmado a 17 de abril de 2025), e o principal acordo com a Nike para a camisa também deverá ser prolongado a longo prazo, potencialmente até 2038, cimentando a relação entre ambas as marcas.

Analisa: Volta ao desporto

O que é que este padrão nos diz?

  1. Concentra-te na elite: A Nike está novamente disposta a investir fortemente nos seus parceiros de topo absoluto e globalmente comercializáveis (nações super-estrelas e mega-clubes).
  2. Estabilidade a longo prazo: Não se trata de soluções de curto prazo; são compromissos para mais de uma década, sinalizando a intenção da Nike de permanecer no centro dos maiores palcos do futebol.
  3. Resposta competitiva: Enfrentando a pressão da Adidas e de uma Puma ressurgente, a Nike agiu de forma decisiva para evitar que seus ativos mais valiosos mudassem de fornecedor.
O novo CEO da Nike quer que a marca regresse às suas raízes como marca desportiva

Então, a narrativa do "desinvestimento" estava errada? Não. Mas desde o final de 2023, muitas coisas aconteceram. O mais importante é que as vendas da Nike estavam a diminuir e o novo CEO da marca, Elliott Hill, anunciou que a Nike iria regressar às suas raízes como marca desportiva. As extensões de muitos dos negócios de futebol mais importantes da Nike são um sinal claro da estratégia.

Adidas aposta tudo no futebol

Será interessante ver se a Nike também vai garantir novas equipas, especialmente porque a Adidas atualmente lidera claramente o mercado do futebol. O que parece certo é que o "recuo" parece ter terminado; o investimento estratégico e direcionado é a nova realidade.

O que achas? Achas que esta onda de renovações confirma que a Nike está totalmente empenhada no futebol de elite? Ou está apenas a fixar o essencial? Deixa-nos saber nos comentários abaixo.